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v

( PRIMEIRO GESTO)




̶V̶  
(First
Gesture)

2019/2020



© Miguel Ângelo Santarém






Imaginei um começo e entendi — antes dele já tudo se encontrava em movimento.
Então pensei — talvez os antigos gestos que ainda hoje nos trespassam o corpo sejam mais infinitos que a minha imaginação.





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Everything had already been set in motion when I tried to imagine a start.
So I began to think, maybe the old gestures that still pierce our bodies are more infinite than my imagination.










































Descritivo

Trabalho inaugural de Isadora Alves que indaga sobre isso mesmo - o que é originário na criação artística?
Neste trabalho uma máquina de luz percorre a totalidade de um espaço. Em redor desta e do tempo
que a mesma estabelece, uma performance para 5 corpos. Em perpétuo movimento, deslocam-se a partir
de uma cortina na direcção de outra, apenas a passagem entre elas nos é revelada.
Em  
̶V̶  um trabalho coreográfico é desenvolvido em torno da figura clássica e poética do mensageiro.
Figura que fala do que não se vê, que percorre infindáveis distâncias entre um acontecimento e outro.
O que fica desse deslocamento? O que acontece no tempo de transporte e de passagem?
O público assiste à peça a partir de um balcão lateral (uma mezzanine alta). Contrapondo
a visão clássica frontal das artes performativas, os corpos são vistos de lado e num plano picado, como
acontece em visões de seres humanos para pequenos insectos, de câmaras de vigilância para seres humanos,
de drones para a natureza, e por aí fora.































Descriptive

  ̶V̶   (The First Gesture) is the inaugural work of Isadora Alves It inquires: what is originating in an artistic creation?
In this work, a light machine travels through the entirety of a space. Around it and the time it
establishes, a performance for 5 bodies. In perpetual motion, they move from a curtain
towards another curtain and only the passage between them is revealed to us. In  ̶V̶  a choreographic
work is developed around the classical and poetic figure of the Messenger.
A figure which speaks what cannot be seen and travels endless distances between one event
and another. What remains of this displacement? What happens in that time of carrying
and of passage? 
Audiences watch the performance from a side counter (a high mezzanine).
Opposing the classic frontal view of the performing arts, the bodies are seen from the side
and in a high angle shot prespective, as used in visions of human beings for small insects,
of surveillance cameras for human beings, of drones for nature, and so on
.































Criação: Isadora Alves
Com: Ana Libório, Bruno Humberto, Nuno Nolasco
Operação de luz: Isadora Alves a partir da escultura de João Ferro Martins
Composição sonora: Bruno Humberto e Isadora Alves
Operação de som: João Ferro Martins
Olhar exterior: Sara Leme e Juna Alves
Registo de vídeo: João Leão
Registo fotográfico: Miguel Ângelo Santarém
Cartaz: Gonçalo Duarte/Oficina Loba
Apoio: Fundação GDA, Atelier Pedro Cabrita Reis, Museu das Marionetas, Anjos 70, Tania Guerreiro/Self-Mistake, Latoaria.
Agradecimentos: Catarina Côdea, Miguel Bonneville e João Paulo Daniel.













Apresentações---
(Estreia)
6 Dez 2019 - Anjos70, Lisboa, Portugal

(Reposição)
26 Jan 2020 - Anjos70, Lisboa, Portugal









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Lina Bo Bardi atrás de Reneé de Amadeo Modigliani,
1917 no Museu de Arte de São Paulo (MASP), São Paulo - SP, Brasil




































Outtakes de ‘The Americans’ de Robert Frank. Fans at a Movie Premiere. Los Angeles. 1955.
CreditRobert Frank/Courtesy of Danziger Gallery














































O encantamento de Lascaux I, autor desconhecido, verão de 1940.